Ambiente

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A aposta na aquicultura, enquanto core-business da empresa, decorre de uma avaliação do ambiente e do contexto dos recursos marinhos, que se caracteriza por uma redução significativa do stock de uma parte considerável de espécies selvagens para a alimentação humana, aliada a um consumo crescente de pescado (segundo a FAO, o consumo per capita aumentou 70% nos últimos 40 anos). Esta situação é responsável, por um lado, pelo aumento das importações não só nacionais como europeias de outras regiões do globo e, por outro, pela alteração das tradicionais fontes de produção, ou seja da pesca tradicional, a favor da produção aquícola, única via para assegurar os níveis de procura humana e de preservar a sustentabilidade dos recursos piscícolas selvagens.

Prevê-se que até 2020, metade do consumo humano de pescado seja proveniente da aquicultura, quer inshore, quer em mar aberto (offshore). Neste contexto, a aquicultura assume, de forma crescente e sustentada, uma importância relevante na oferta de pescado e moluscos mundial.

Num estudo recentemente publicado pela OCEAN 2012, uma aliança de organizações, entre as quais se destaca a NEF – New Economics Foundation, um think-tank que estuda as pescas e a aquicultura no mundo, é referido que, não obstante, a aquicultura assuma uma importância relevante na oferta de pescado, a taxa de conversão necessária para obter um quilograma de pescado em espécies carnívoras é demasiado elevada, pondo em causa o stock de espécies selvagens, sendo a produção de bivalves em aquicultura a única que, a par da produção aquícola de espécies não carnívoras, não põe em causa os eco-sistemas e os habitats naturais, sendo por essa razão, uma actividade considerada sustentável pela comunidade científica.

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